A primeira edição, de 1.500 exemplares, sai em 1 de outubro de 1967, composto e impresso na Gráfica da Lousã.
Fundadores
- António Costa das Neves Ribeiro
- Fortunato Guilherme Sequeira de Almeida
- João Manuel Poiares da Silva
- José Fernandes de Oliveira Redondo
- José Luís Caetano Duarte
- Pedro Júlio de Almeida Poiares Malta
- Rui Cunha Simões Fernandes
Foram fundadores, Pedro Júlio de Almeida Poiares Malta, João Manuel Poiares da Silva, José Luís Caetano Duarte, António Costa das Neves Ribeiro, Fortunato Guilherme Sequeira de Almeida, José Fernandes de Oliveira Redondo e Rui Cunha Simões Fernandes.
O projeto contou com o beneplácito do velho e saudoso amigo, Joaquim Duarte, proprietário da Gráfica da Lousã, experiente nestas “aventuras” de jornais, pois, no início da década de 30, apanhara esse gosto na gestão do jornal “Alma Nova”, tribuna dos republicanos da Lousã.
Nenhuma publicação periódica podia circular no país sem obter prévia autorização da Direção dos Serviços de Censura, diretamente dependente da Presidência do Conselho de Ministros. Era assim no tempo do fascismo.
Em Março de 1970 a saída do jornal é suspensa, devido a deficiências de administração e a dificuldades financeiras, próprias naturalmente de quem não tinha qualquer experiência na gestão de um empreendimento desta natureza.
Em Julho desse ano reaparece, sendo agora composto e impresso (mais em conta) na Gráfica de Coimbra, tendo sido importante a intervenção do lousanense padre Jerónimo de Jesus Correia junto do padre Valentim Marques, gerente desta empresa gráfica, propriedade da Diocese de Coimbra.
A partir desta data, o elo de ligação entre o jornal, os assinantes e os anunciantes fica a cargo da Casa Havanesa, por deferência do seu proprietário, João Poiares Malta. Procura também organizar-se a administração com um pouco mais de eficiência.
Em Junho de 1973, José Luís Duarte deixa de ser editor, por este cargo ter sido, entretanto, legalmente extinto.
O jornal vai prosseguindo o seu caminho, apesar de muitas e variadas dificuldades, nomeadamente a inexistência de um corpo redatorial efetivo e uma administração incipiente que gera problemas financeiros.
O golpe de 25 de Abril de 1974, que restitui a Democracia ao país, abre novas perspetivas à projeção do jornal, que, vítima dos esbirros dos serviços de censura e nem sempre bem compreendido pelos poderes instituídos, não tem dúvidas em se fazer veículo dos ideais democráticos proclamados pela chamada “revolução dos cravos”.
Entre o ainda proprietário, Pedro Júlio Malta, e os restantes co1aboradores, chega-se à conclusão de que a constituição de uma sociedade do tipo cooperativo podia ser a via mais simpática e mais eficaz de aglutinar um maior número de boas-vontades para fazer do Trevim um empreendimento que fique capaz de sobreviver às circunstâncias do tempo e às dificuldades de cada hora.
Em 3 de Março de 1979, ce1ebra-se a escritura pública da constituição da Trevim-Cooperativa Editora e de Promoção Cultural no Cartório Notarial da Lousã, de que era titular como Notário o dr. Henrique Pereira de Figueiredo, que preside ao ato.
Os sócios cooperantes fundadores da Cooperativa foram: Pedro Júlio de Almeida Poiares Malta, empregado bancário; Dr. António Costa das Neves Ribeiro, Juiz de Direito; Dr. João Manuel Poiares da Silva, Químico-farmacêutico; José dos Santos Casimiro, proprietário; José Joaquim Fernandes Simões, empregado de escritório; José Ricardo Fernandes de Almeida, empregado de escritório; Dr. Paulino Mota Tavares, empregado bancário; Carlos Eugénio José Baptista de Almeida, Arquiteto; Eng.º José Orlando Reis, assistente universitário; António Luís de Almeida Rodrigues, industrial de condução automóvel; José Luís Caetano Duarte, industrial de tipografia.
A Cooperativa, assumindo a propriedade do jornal, vai ter como objetivo não só a produção e gestão do Trevim, mas também a edição de outras publicações e a realização de eventos culturais.
Entretanto, a feitura gráfica do jornal tinha já regressado à Lousã, desta vez na Tipografia Lousanense, mais precisamente em 1 de Novembro de 1978, por conveniência redatorial e necessidade de melhoria gráfica.