Alteração surge depois da empresa ter emitido faturas diferentes para pagar no mesmo mês
As faturas da Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior (APIN), que vencem em setembro poderão ser liquidadas no posto ou balcão de atendimento dos CTT até dia 6 de outubro, segundo informou a empresa em comunicado.
O anuncio do aumento do prazo de pagamento de 30 para 35 dias, neste mês e até “terminar o período de normalização da faturação”, acontece depois da APIN ter remetido faturas, que, embora digam respeito a períodos de consumo distintos, têm data limite de vencimento no mesmo mês.
Ao que o Trevim sabe, o limite para pagamento entre cada fatura vinha antes rondando as seis semanas, o que atualmente não se verifica, pelo menos nos casos reportados a este jornal.
Um munícipe que pediu para não ser identificado contou ao Trevim que recebeu uma fatura referente a maio, para pagar até 4 de setembro, e pouco tempo depois recebeu outra, relativa a junho, para pagar até 25 de setembro, situação que considera incomportável.
O mesmo já tinha acontecido no mês de agosto a outro residente que recebeu a fatura de março com prazo de pagamento até dia 4 de agosto, e a do mês de abril para liquidar até dia 20.
Na nota agora enviada, a APIN afirma que o aumento da data limite de pagamento visa “minorar o esforço financeiro mensal dos munícipes e está englobada no processo de normalização da faturação” e informa também que “neste momento o período de faturação é de 21 em 21 dias”.
Num outro comunicado difundido em julho, a empresa informava que a resolução das anomalias reconhecidas no processo de faturação “demorará ainda alguns meses”, podendo estar regularizada “até ao final do ano”.
Entre fevereiro e abril, no período crítico da pandemia da covid-19, a APIN aplicou o chamado tarifário social a todos os consumidores, alargou os prazos de pagamento das faturas e suspendeu o processo de faturação.
A empresa anunciou, em abril, que a fatura de fevereiro iria seguir para pagamento em maio, “numa fase em que as consequências da pandemia ao nível económico e financeiro se revelam cada vez mais gravosas e com maior impacto orçamental”. Já em março, a faturação estava atrasada depois de a APIN ter decidido anular as faturas emitidas até dia 13, na sequência de uma alteração dos preços. Ou seja, naquele mês nem a faturação de janeiro estava ainda concluída.
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