Em Portugal, menos de 5% das instituições voltaram a abrir portas
Passaram cinco meses desde o encerramento dos centros de dia devido à propagação e risco de contágio pelo novo coronavírus. No dia 15 de agosto, com autorização do Governo, estas infraestruturas tiveram autorização para reabrir portas. Na Lousã, nenhum centro de dia retomou a sua atividade.
Ao que o Trevim apurou junto de João da Franca, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Lousã (SCML), abrir as portas do centro de dia seria “estar a arriscar”. “Temos que preservar a saúde dos idosos que temos na Santa Casa e reabrir o centro de dia seria estar a desperdiçar todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido para evitar a entrada do vírus na SCML”, contou.
Com o serviço de apoio domiciliário a apoiar os idosos que frequentavam o centro de dia, o provedor prefere não arriscar, deixando ainda a ressalva que, num futuro próximo, poderá “reabrir o centro de dia de Foz de Arouce”, uma vez que é “uma unidade independente”.
Também o Centro Paroquial de Solidariedade Social da Freguesia de Serpins vai manter o centro de dia encerrado por questões de “segurança” e devido “à falta de espaço”, tendo em consideração que tem também “outras valências”.
Já a Associação de Defesa do Idoso e da Criança (ADIC) de Vilarinho opta também por manter o centro de dia encerrado. “Existem muitas limitações de espaço e provavelmente o centro de dia só será reaberto quando o novo lar estiver pronto”, contou fonte da associação a este quinzenário.
Regulamento exige total separação de valências
Importa referir que, de acordo com as normas emitidas, nos centros de dia com funcionamento acoplado a outras respostas sociais, as mudanças sentidas são maiores. O reinício das atividades depende de uma avaliação das condições e autorização por parte das autoridades de saúde locais e pela Segurança Social, uma vez que é necessária a total separação, sem cruzamento de utentes e colaboradores de outras valências, para além de não poderem partilhar instalações sanitárias e refeitórios.
Os utentes que integrem grupos de risco devem ser sujeitos a uma avaliação clínica prévia e durante a realização das atividades deve ser assegurada uma distância mínima de dois metros entre utentes, privilegiando as atividades ao ar livre.
Foram emitidas ainda determinações quanto às regras de acesso e atendimento, uma vez que os utentes são recebidos à porta, se possível sempre pelos mesmos profissionais. No que concerne às normas de higienização, deverão ser instalados dispensadores de álcool para desinfeção de mãos, os sabonetes e toalhas deverão ser de uso único e são obrigatórias limpezas diárias e desinfeções semanais.
Existem circuitos de circulação definidos e as refeições devem ser organizadas por grupos e turnos, para além de ter que ser cumprido o distanciamento social nestes espaços.
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