A data já estava definida. Entre os dias 10 e 15 de agosto o concelho de Vila Nova de Poiares recebia a 31.ª edição da Poiartes, iniciativa organizada pela Câmara Municipal.
Ao Trevim, João Miguel Henriques, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares (CMVNP), contou que o município, “consciente do impacto da Covid-19, sobretudo na fase de encerramento e cancelamento obrigatório da atividade em alguns setores, decidiu não realizar os eventos culturais que estavam previstos até ao final do ano, onde se inclui o maior evento realizado no concelho, a Poiartes”.
Com o objetivo primordial de realocar os fundos e verbas orçamentais para um Fundo de Emergência Municipal (FEM) que foi criado para “reforçar o apoio às três áreas mais afetadas, nomeadamente as famílias, as empresas e as associações locais, dotando cada uma destas vertentes com um ‘plafond’ de 100 mil euros a fim de poder responder aos impactos da pandemia”, auxiliando igualmente “o relançamento económico do tecido empresarial e associativo do concelho”.
O cancelamento do certame acarretou algumas consequências para os participantes, uma vez que muitos dos expositores “contam com a Poiartes para ampliar a promoção dos seus projetos, produtos e empresas” contudo, João Miguel Henriques acredita que “encontrarão outras formas alternativas para o efeito”.
Refira-se que o FEM se afigura também como uma forma de apoiar “quem perdeu rendimentos devido à situação de Covid-19 e a que os feirantes locais também podem concorrer”.
A este quinzenário, o autarca explicou que na fase de reabertura do comércio local, o município lançou um projeto de apoio e divulgação do comércio, com recurso ao meios digitais, com apoio a consultadoria e à presença online das empresas, possibilitando desta forma “a adaptação às novas realidades e apoio aos sistemas de venda online, que poderão ser mais uma forma de colmatar a não presença na Poiartes deste ano”.
Ainda que de forma diferente da habitual, a CMVNP tem apostado na continuidade da atividade cultural no concelho, desenvolvendo uma série de atividades como o projeto musical “A Música Portuguesa à Janela e Gostar Dela Própria”, organizada por Tiago Pereira, o “Ciclo de Contos Online” e os espetáculos em formato “Drive-in”, tomando partido das vias digitais ou de outros formatos alternativos, garantindo desta forma que as iniciativas sejam realizadas com a garantia do distanciamento social e cumprindo as normas emitidas pelas autoridades de saúde.
Sendo a Poiartes o maior evento realizado no concelho, o presidente garante que será importante “assinalar e marcar o momento com alguma realização ou atividade alternativa”, contudo, refere que “uma iniciativa que possa ser evocativa de um certame da dimensão e da importância da Poiartes precisa de ser devidamente ponderada, com recurso a alternativas que ainda estão a ser devidamente estudadas e equacionadas”.
0 Comentários