O sistema nacional de aeronaves não tripuladas para defesa da floresta contra incêndios foi apresentado na Lousã, no dia 4, numa sessão em que os ministros do Ambiente e da Defesa salientaram também a importância destes pequenos aviões na preservação dos valores ambientais.
Os dois ministros, João Pedro Matos Fernandes e João Gomes Cravinho, respetivamente, intervieram na iniciativa, no aeródromo da Chã do Freixo, que teve como anfitrião o presidente da Câmara, Luís Antunes, e em que participaram igualmente a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa (FAP), general Joaquim Borrego, e o responsável operacional do sistema de aeronaves não tripuladas (UAV, da nomenclatura em inglês “unmanned aerial vehicles”), coronel João Vicente.
Para João Pedro Matos Fernandes, a compra de 12 UAV representa “um ganho muito significativo para a sustentabilidade” ambiental.
“A floresta é o maior repositório de biodiversidade que o país tem”, disse, frisando que o Governo, ao entregar à FAP a missão de operar as UAV, quer continuar o esforço de “reduzir para metade a área ardida” na próxima década em Portugal.
Os três governantes visitaram o Destacamento de Sistemas Aéreos não Tripulados, instalado na Chã do Freixo, tendo assistido a uma demonstração de sobrevoo com um dos drones depois de ouvirem as explicações técnicas dos oficiais da Força Aérea.
João Gomes Cravinho realçou que as 12 aeronaves, produzidas com recurso a tecnologia nacional, representam um investimento de 4,5 milhões de euros, assumido com verbas do Fundo Ambiental.
O sistema, que apoia o trabalho da GNR e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, começou a funcionar com algum atraso, em finais de julho, face à “necessidade de aperfeiçoar as máquinas”, segundo o ministro da Defesa Nacional.
Das 12 UAV que integram a rede de vigilância aérea da floresta, duas ficarão de reserva, prevendo os ministros que o sistema esteja a funcionar em pleno até ao fim deste mês, com unidades em diversos pontos do país.
Por sua vez, a secretária de Estado Patrícia Gaspar sublinhou que a aposta nos drones representa “um salto tecnológico muito expressivo na área da vigilância e do apoio à decisão”.
Casimiro Simões
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