João da Franca, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Lousã (SCML) informou, em assembleia-geral, no dia 10 de julho, que as obras nas infraestruturas da Santa Casa já estão a decorrer.
Depois de aprovada a candidatura ao Portugal 2020, a Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI), vai ver o piso 0 remodelado, bem como os pisos dois e três (bloco A), dos apartamentos na Avenida São Silvestre. Também a cozinha vai ser alvo de obras, além dos gabinetes de enfermagem e fisioterapia, materiais para psicologia e animação sociocultural.
Recorde-se que estas intervenções têm um total estimado em mais de 850 mil euros, tendo a SCML visto aprovado 85% do valor da candidatura realizada, isto é, apenas 15% dos custos serão suportados pela instituição.
Também a capela será alvo de intervenções. Segundo o provedor, depois de realizada uma candidatura ao Fundo Rainha D. Leonor, que incide sobre a conservação do património, a mesma foi aprovada em 81 mil euros, valor esse que será aplicado em telas, altares e fachada que, neste momento, apresentam um elevado nível de degradação, seguida pelo Instituto Português do Património Arquitetónico, segundo informou o provedor ao Trevim.
“A remodelação de tudo que seria necessário rondava os 300 mil euros”, disse João da Franca.
No ano de 2019 foram realizadas alterações na canalização da creche (na parte antiga), somando ainda as reparações nos tubos de esgotos, águas e sanitas da zona da fisioterapia e começaram as obras nas casas de banho do bloco A da extensão da ERPI nos apartamentos 303 e 304.
Santa Casa “não parou” em tempos de pandemia
A SCML continua empenhada em “barrar a entrada” do novo coronavírus na instituição.
“Desde o dia 13 de março que o lar está encerrado”, informou João da Franca.
Apesar de os idosos terem visitas dos familiares, as mesmas realizam-se no jardim da instituição, com técnicas junto dos idosos “para evitar abraços, beijinhos e afetos que, naturalmente, fazem falta”.
Recentemente, o Padre Orlando Martins deslocou-se às instalações da SCML para celebrar a missa, a pedido do provedor que, segundo informou na assembleia “foi um momento de imensa alegria para todos os idosos”.
Refira-se que, durante a pandemia, o lar esteve encerrado totalmente. “Os funcionários tiveram um mês nas instalações do lar, sem ir a casa”, contou João da Franca.
Durante o período de isolamento e confinamento, os colaboradores mantiveram-se sempre em trabalho, sendo o mesmo reconhecido em assembleia, por “terem cumprido todas as diretrizes da Direção-Geral de Saúde e terem cuidados extremos quando andam na rua. Se assim não fosse, o vírus já cá tinha entrado”, reforçou.
Entenda-se que, na SCML, todos os cuidados estão a ser tomados para prevenir que o vírus entre dentro da instituição, confessando o provedor que faz “uma visita rápida ao lar uma vez por semana”, equipando-se “a rigor” com os materiais de proteção. “Estou lá no máximo cinco minutos”, contou.
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