Agressões físicas e verbais estão na base das acusações
Com a acusação do Ministério Público a ser dada, quase integralmente, como provada, uma professora lousanense, com 42 anos, residente na Lousã, foi condenada a cinco anos de pena suspensa por nove crimes de maus tratos a alunos do primeiro ciclo.
Os factos remetem para o ano letivo 2017/2018, no Centro Escolar de Areias, no concelho de Ferreira do Zêzere onde a docente é acusada de “dar chapadas, bofetadas e agredir com manuais escolares na cabeça e na barriga” os alunos de que era titular, que frequentavam à época o segundo ano (com idades compreendidas entre os seis e os sete anos). A acusação frisava ainda o recurso a gritos e ofensas verbais.
O Tribunal de Santarém, local onde se realizou o julgamento que decorreu à porta fechada, estipulou ainda o pagamento de indemnizações às famílias das noves crianças, num total de 11 700 euros.
Refira-se que, segundo vários órgãos da imprensa nacional, o comportamento agressivo da docente “foi relatado pelos pais das crianças à direção do agrupamento de escolas e depois à Guarda Nacional Republicana e Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Ferreira do Zêzere, alo longo do ano letivo 2017/2018”.
Segundo as mesmas fontes, as queixas “deram origem a um inquérito disciplinar conduzido pela Inspeção Geral da Educação, que se pronunciou pelo arquivamento dos autos, mas o caso acabou por chegar a julgamento”.
Note-se que, contrariamente ao que seria pretendido pelo Ministério Público e pela defesa das crianças, a professora não foi condenada à suspensão de funções, podendo continuar a lecionar.
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