A Câmara Municipal da Lousã apresentou uma proposta de orçamento, para 2018, que ronda os 16,2 milhões de euros. Uma verba 2,4 milhões de euros superior à apresentada em 2017, em virtude do aumento do montante de candidaturas aprovadas no âmbito do Portugal 2020 e Programa Valorizar durante o ano de 2017, que terão execução física e financeira no próximo ano. Apesar da previsão do aumento das despesas correntes, os documentos do Orçamento e das Grandes Opções do Plano (GOP) não mereceram a total confiança dos membros que integram a Assembleia Municipal, reunida dia 29, no auditório da Biblioteca Municipal da Lousã. PSD e BE abstiveram-se, enquanto PS e CDU votaram favoravelmente este ponto da ordem de trabalhos.
Ana Paula Sançana, do grupo municipal do PSD, saudou o executivo “pelo aumento de verbas para a proteção civil e prevenção de incêndios”, bem como pelo facto das funções económicas terem maior dotação para o próximo ano, nomeadamente a nível da agricultura e pescas, neste caso com um valor seis vezes maior. Apesar disso, discordâncias de base, nomeadamente a nível das taxas do IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis (que se mantém nos 0,4%) e no preço da água, justificaram a abstenção da bancada. “Continuamos com essas nossas divergências. Oneram os cidadãos com taxas e impostos que se calhar poderiam ser refletidas num valor menor”, salientou a vogal, frisando ainda que alguns contributos do PSD não foram contemplados no documento final de forma direta, como “dotar as IPSS com obras estratégicas” e ainda o apoio à natalidade, através da oferta de vales de compras no comércio tradicional.
Conceição Loureiro (CDU) deu um voto de confiança ao executivo municipal, aprovando o documento, embora, conforme a deputada explicou, fosse uma “aprovação com algumas reservas”. A verba destinada ao saneamento “é ainda residual para as necessidades”, disse. Neste capítulo, estão duas obras de relevância: a ligação da zona industrial do Alto Padrão ao emissário de ligação à ETAR da Póvoa (16.095 euros) e a ligação gravítica do Ribeiro Branco ao emissário da referida ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) (197. 179 euros), mas para a ampliação da rede o orçamento tem previsto apenas 5 mil euros.
PS elogia opções da Câmara Municipal
Os deputados do PS elogiaram o documento pelo facto de traduzir “investimento nas pessoas”. Dilene Gonçalves salientou alguns investimentos previstos, como as obras no Cineteatro da Lousã e a valorização do complexo da Senhora da Piedade. Luís Martins realçou o crescimento das transferências correntes, assim como associou o aumento das despesas com o pessoal ao descongelamento de salários e progressão nas carreiras. Para João Pedro Melo, este orçamento reflete “uma estratégia para a Lousã no rumo do desenvolvimento”.
Continua na edição impressa do Trevim nº 1367
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