Os problemas que afetam a antiga freguesia de Vilarinho – que foi alvo de um processo de união administrativa com a Lousã, nas eleições autárquicas de 2013, – não ficaram de fora da Assembleia Municipal. Cerca de uma dezena de vilarinhenses assistiram ao princípio da sessão, tendo três deles apresentado as suas preocupações relacionadas sobretudo com a circulação de peões. A falta de passeios e de passadeiras na N342, estrada de acesso à Igreja Paroquial e cemitério local, foi uma preocupação apresentada pela moradora Adelina da Costa Duarte, a que se juntaram reivindicações dos residentes José Catarino, que defendeu a deslocalização de uma passadeira e melhorias no abrigo à entrada do lugar. Também Rogério Martins, presidente da direção da ADIC e do Clube Recreativo Vilarinhense (CRV), interveio para defender o alargamento da Rua do Outeiro, entre a sede dos baldios e as traseiras do CRV. “Como puderam verificar à vinda para a reunião, esta rua não permite o cruzamento de dois carros e com o recomeço das obras do novo centro social da ADIC, era importante a rua estar alargada”, disse, apelando à edilidade que contacte com os proprietários dos terrenos confinantes.
Como anfitrião da sessão, o presidente da Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho, António Marçal, respondeu aos intervenientes no período destinado ao público. Começou por explicar que a N342 está sob a direção das Infraestruturas de Portugal (IP) e que já o anterior executivo tinha recebido uma resposta negativa desta entidade para a instalação de uma passadeira desnivelada, sob o argumento de que o perfil da estrada e da localidade não permitia a realização desta obra. Quanto ao alargamento da Rua do Outeiro, António Marçal respondeu que tanto a Junta, como os baldios de Vilarinho, já tentaram negociar com os proprietários, mas estes têm apresentado “preços exorbitantes”, não se conseguindo efetivar a compra dos terrenos.
Casas em ruínas
Residente em Vilarinho, a secretária da Mesa da Assembleia, Aldina Martins alertou para o estado de degradação em que se encontram duas casas devolutas, cuja situação pode piorar durante o inverno. Uma, situada no início da rua de Nossa Senhora das Preces, ameaça ruir por inteiro, tendo a deputada solicitado à Câmara Municipal a aquisição do imóvel e a sua transformação num parque público para os idosos, já que, em sua opinião, os seniores não têm um espaço ajardinado para passar algum tempo do seu dia. A outra habitação, a primeira a surgir quando se entra no lugar, pertencente à Câmara Municipal da Lousã, também está em risco de queda, tendo Aldina Martins solicitado uma sinalização adequada e a sua reconversão num empreendimento que possa beneficiar a população a nível de emprego. “Vilarinho merece mais, ajudem-nos!”, rematou a vilarinhense.
Quanto a este imóvel, o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes, disse ter já solicitado aos serviços que “diligenciassem no sentido de preservar o que é possível preservar”. No que diz respeito à outra casa, o autarca referiu a necessidade de proceder a uma avaliação mais rigorosa e questionar as contrapartidas pedidas pelos proprietários.
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